segunda-feira, novembro 08, 2004
O Jornal da 2: de ontem
O Jornal da 2: de Domingo disse-me que:
- Na Costa do Marfim os Franceses e os locais estavam aos tiros uns aos outros. Não se explicou lá muito bem o porquê. Não se disseram que a Republica Portuguesa nem sequer tem representação diplomática ou plano de apoio aos nossos concidadãos e não se percebeu muito bem quem está a ganhar.
- O inenarrável Pedro Santana Lopes decidiu manter o contingente da GNR no Iraque. Não houve o agora tão ma modaa contraditorio por nenhum Partido da Oposição. Não sequer se pediu a nenhum dos inumeraveis punditas da nossa praça par fazer um comentário seja ele militar, social ou politico. Mas também se compreende porque o Gabinete do PM não se dignou a mandar ninguém aparecer para as câmaras a dar a noticia. Nem uma alminha empregue pelo recém criado Gabinete de Coordenação Informação e Propaganda pode ser incomodado durante o fim de semana?
- O que resta do PCUS manifestou se hoje em Moscovo. Com fotografias de Vladimir Illich e tudo. Eu vi as imagens.
- Os portugueses de estavam presos e foram libertados na Venezuela por causa de um assunto de tráfico de drogas contrataram seguranças porque temem pela vida. Mas não foram eles que disseram à Policia venezuelana que desconfiavam dos seus passageiros? E a dita Policia faz o quê? Népias?
- Seguiu-se um momento de descarada propaganda com o anuncio de que o Governo tornou mais fácil criar uma empresa e através da abertura de “autênticas lojas do cidadão para as empresas”. Olha que bonito.
- A propaganda segiu com um rappel de que é muito mais fácil entregar os impostos pela Internet.
- Um gajo qualquer veio falar do Congresso das Telecomunicações a dizer o que me soou a inanidades e clichés. Para deizer a verdade se calhar foi muito interessante mas eu levantei-me para ir verter águas.
- Álvaro Barreto apareceu numa preview do programa que ia dar imediatamente a seguir para defender o Governo daquilo que a Standard & Poors disse e explicar que é normal que as empresas de comunicações queiram fazer jeitos aos Governos. Não cheguei a perceber se era propaganda ou publicidade ao programa.
- Ao menos houve um arzinho de oposição com Carlos Carvalhas a pedir a cabeça de Gomes da Silva.
- Marcelo Rebelo de Sousa vai voltar. Não se percebeu como nem onde e portanto não se percebe como é que é noticia.
- O Director Geral dos Impostos deu uma entrevista a um jornal e o apresentador leu algumas passagens enquanto no ecrã passavam imagens de uma repartição de finanças vazia e a capa do dito jornal. A coisa era tão mazinha que não chegou a ser propaganda. Foi algo só qualificável como “do outro mundo”.
- A Casa Pia volta a ser notícia. Ou volta a ocupar espaço noticioso. Não quero menosprezar o horror do que lá se passou mas confesso estar a perder a paciência para casos de policia.
- Lobo Antunes escreveu mais um romance. A geração dele, que é a única que gosta dele, que aliás é a única que o lê, deve estar exultante. Eu indiferente.
- Depois veio o desporto e eu passei ao computador para escrever isto.
E o Jornal da 2: é o melhor das ondas hetzianas. Sem Quinta das Celebridades, sem muito futebol e sem os crimes da Joana e quejandos. Apesar do vazio, da propaganda e das deficiências é aquele que eu vejo, quando chego a casa a tempo.
Francamente, já acho difícil manter um blogue onde me proponho dizer qualquer coisa sobre o que se passa mas confesso a minha incapacidade para dizer qualquer coisa de interessante sobre este estado das coisas. E já não digo interessante para qualquer eventual internauta que por aqui passe. Perante estes assuntos eu não consigo pensar em nada que eu próprio ache interessante. O estado da informação televisiva nesta soalheiro País que tão generosamente acolheu o Dr. Koetter no seu seio é surreal. Estamos ao nível de Mario Henrique Leiria ou do Dr. Freddy de que acabei de falar.
Voltemos a ler os “Contos do Gin” ou os “Bilhetes de Colares” que é a mesma coisa que ver a actualidade nacional nos ecrãs de nossa casa. O melhor ainda, voltemos a“Os Maias” que o Eça é intemporal e explica sempre Portugal quando nos surgem duvidas.
Para saber o que se passa, resta sempre “The Economist”. Não é snobismo da minha parte, é falta de qualidade da parte deles.
- Na Costa do Marfim os Franceses e os locais estavam aos tiros uns aos outros. Não se explicou lá muito bem o porquê. Não se disseram que a Republica Portuguesa nem sequer tem representação diplomática ou plano de apoio aos nossos concidadãos e não se percebeu muito bem quem está a ganhar.
- O inenarrável Pedro Santana Lopes decidiu manter o contingente da GNR no Iraque. Não houve o agora tão ma modaa contraditorio por nenhum Partido da Oposição. Não sequer se pediu a nenhum dos inumeraveis punditas da nossa praça par fazer um comentário seja ele militar, social ou politico. Mas também se compreende porque o Gabinete do PM não se dignou a mandar ninguém aparecer para as câmaras a dar a noticia. Nem uma alminha empregue pelo recém criado Gabinete de Coordenação Informação e Propaganda pode ser incomodado durante o fim de semana?
- O que resta do PCUS manifestou se hoje em Moscovo. Com fotografias de Vladimir Illich e tudo. Eu vi as imagens.
- Os portugueses de estavam presos e foram libertados na Venezuela por causa de um assunto de tráfico de drogas contrataram seguranças porque temem pela vida. Mas não foram eles que disseram à Policia venezuelana que desconfiavam dos seus passageiros? E a dita Policia faz o quê? Népias?
- Seguiu-se um momento de descarada propaganda com o anuncio de que o Governo tornou mais fácil criar uma empresa e através da abertura de “autênticas lojas do cidadão para as empresas”. Olha que bonito.
- A propaganda segiu com um rappel de que é muito mais fácil entregar os impostos pela Internet.
- Um gajo qualquer veio falar do Congresso das Telecomunicações a dizer o que me soou a inanidades e clichés. Para deizer a verdade se calhar foi muito interessante mas eu levantei-me para ir verter águas.
- Álvaro Barreto apareceu numa preview do programa que ia dar imediatamente a seguir para defender o Governo daquilo que a Standard & Poors disse e explicar que é normal que as empresas de comunicações queiram fazer jeitos aos Governos. Não cheguei a perceber se era propaganda ou publicidade ao programa.
- Ao menos houve um arzinho de oposição com Carlos Carvalhas a pedir a cabeça de Gomes da Silva.
- Marcelo Rebelo de Sousa vai voltar. Não se percebeu como nem onde e portanto não se percebe como é que é noticia.
- O Director Geral dos Impostos deu uma entrevista a um jornal e o apresentador leu algumas passagens enquanto no ecrã passavam imagens de uma repartição de finanças vazia e a capa do dito jornal. A coisa era tão mazinha que não chegou a ser propaganda. Foi algo só qualificável como “do outro mundo”.
- A Casa Pia volta a ser notícia. Ou volta a ocupar espaço noticioso. Não quero menosprezar o horror do que lá se passou mas confesso estar a perder a paciência para casos de policia.
- Lobo Antunes escreveu mais um romance. A geração dele, que é a única que gosta dele, que aliás é a única que o lê, deve estar exultante. Eu indiferente.
- Depois veio o desporto e eu passei ao computador para escrever isto.
E o Jornal da 2: é o melhor das ondas hetzianas. Sem Quinta das Celebridades, sem muito futebol e sem os crimes da Joana e quejandos. Apesar do vazio, da propaganda e das deficiências é aquele que eu vejo, quando chego a casa a tempo.
Francamente, já acho difícil manter um blogue onde me proponho dizer qualquer coisa sobre o que se passa mas confesso a minha incapacidade para dizer qualquer coisa de interessante sobre este estado das coisas. E já não digo interessante para qualquer eventual internauta que por aqui passe. Perante estes assuntos eu não consigo pensar em nada que eu próprio ache interessante. O estado da informação televisiva nesta soalheiro País que tão generosamente acolheu o Dr. Koetter no seu seio é surreal. Estamos ao nível de Mario Henrique Leiria ou do Dr. Freddy de que acabei de falar.
Voltemos a ler os “Contos do Gin” ou os “Bilhetes de Colares” que é a mesma coisa que ver a actualidade nacional nos ecrãs de nossa casa. O melhor ainda, voltemos a“Os Maias” que o Eça é intemporal e explica sempre Portugal quando nos surgem duvidas.
Para saber o que se passa, resta sempre “The Economist”. Não é snobismo da minha parte, é falta de qualidade da parte deles.