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sexta-feira, dezembro 31, 2004

 

Balanço do ano

Fazer um balanço não é evidente. É sempre uma actividade sujeita aos riscos do esquecimento e do mau julgamento. Mas cá vai.

Acontecimento Nacional: O Euro 2004. Não é que eu tenha ficado fanatico pela bola assim de repente. Mas a verdade é que, durante meses o País viveu para o Euro e, durante semanas e à medida que a Selecção das Quinas progredia, viveu o Euro.

Durante semanas tudo, desde as reuniões de trabalho aos lugares nos restaurantes, esteve sujeito aos horarios e calendarios do Campeonato Europeu de Futebol.

Por outro lado, os acontecimentos politicos estão cobertos pela escolha seguinte.

Figura Nacional: José Manuel Durão Barroso. Em primeiro lugar foi chefe do governo durante meio ano. Era ele o patrão de Manuela Ferreira Leite e o empregador de Luís Filipe Scolari durante o periodo de apogeu destes dois candidatos ao titulo de figura nacional do ano.

Com a derrota que sofreu nas europeias, decidiu "fugir para cima" e abriu a porta ao protagonismo de Santana Lopes, ao aumento de importancia de Paulo Portas e de Bagão Félix, à inglória queda de Ferro Rodrigues e à subida de Socrates.

Finalmente, e no final do ano, presidiu à confusão Buttiglione e aquela que foi ao mesmo tempo uma batalha da nova "guerra de religiões" e uam escaramuça de definição das fronteiras de poder entre os varios polos institucionais da União.

Mais dificíl foi fazer as escolhas internacionais.

Figura Internacional do Ano: Theo van Gogh. Eu estou muito preocupado com os problemas da integração dos emigrantes, do Médio Oriente e do terrorismo islamico. Theo van Gogh por si só não é merecedor de ser Figura Internacional do Ano, mas como simbolo destes problemas latentes sim. Escolhi o cineasta holandês como podia ter escolhido as duas Simonas, Margret Hassan, a "lei do véu" ou Muqtada al-Sadr.

Em segundo lugar ficou Howard Dean. Mais do que John Kerry ou George W. Bush que representaram "mais do mesmo", Dean e a sua "ala Democratica do Partido Democratico" representou um inicio de debate de ideias e uma forma de organizar a campanha diferente. Na peugada do pioneiro Jesse Ventura e na companhia dos movimentos conservadores, Dean simbolizou a utilização da Internet como elemento de campanha de uma forma que marca a diferença.

Acontecimento Internacional do Ano: o recente maremoto asiático. É ainda cedo para dizer se esta catastrofe vai mudar qualquer coisa na maneira como encarmos o Mundo ou não. Mas é minha convicção que é possível que sim. Pincipalmente poruq representa uma oportunidade para actuar em cinjunto e repensar os mecanismos de ajuda internacional. A proposito: onde está a coordenação da UE e a integração de esforços entre os Estados Membros?

Foi um ano recheado de tragédias feitas pelo Homem - 11 Março, Beslan, Dafour, terrorismo continuado em Israel, no Afagenistão e no Iraque, ocupações no Zimbabue - e de outros assuntos de importancia - eleições na Venezuela, Ucrania, Espanha, Moçambique, US, India, EU, morte de Arafat, evoluções (ou ausencia delas) no Médio Oriente, etc. Mas esta catastrofe tem as marcas de um "act of God" que nos recorda que não somos tão mestres do nosso Destino como quereriamos e, ainda menos, somos mestres do nosso planeta.

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