segunda-feira, dezembro 06, 2004
Ângelo Correia no “Diga lá Excelência”
Ângelo Correia deu uma entrevista brilhante ao programa “Diga lá Excelência” da RTP 2:.. Ângelo Correia é um homem muito inteligente, culto e de grande capacidade politica. A sua entrevista, como todas as suas intervenções de que me recordo, foi plena de conteúdo, numa linguagem sóbria e simples, recheada de verdades que muitos outros não têm capacidade e coragem para dizer.
Ângelo Correia disse uma série de verdades sobre o PSD, Aníbal Cavaco Silva, Pedro Santana Lopes, da coligação CDS/PP-PPD/PSD e das recentes posições do Presidente Sampaio. E ainda aproveitou para dar magistralmente a volta aos jornalistas.
A entrevista só pecou por ter sido registada antes do Conselho Nacional do PSD ter dado luz verde a Pedro Santana Lopes para uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Essa recente evolução tirou algum sentido e oportunidade a parte das análises feitas, não lhes tirando brilhantismo.
A entrevista terminou com uma frase demolidora: “Este PSD não é o meu. Hoje em dia não há lealdades fortes no PSD.” Isto vindo de um dos fundadores do partido, um dos seus grandes barões, um dos seus mais ilustres passados e um dos seus mais poderosos presentes é grave.
Cada vez que ouço este homem eu fico irritado comigo mesmo. Porque durante a sua passagem pelo Governo da AD me deixei contagiar pela histeria gerada à sua volta pela Comunicação Social. Por diversas e variadas razões Ângelo Correia foi uma hate figure da AD e, por três ou quatro frases infelizes – a “insurreição dos pregos” e o ter acordado lambido por um cão, detêm a primazia – foi ridicularizado pela Imprensa da época. Levado por “clubismos”, pela vontade de alinhar com os outros e pelo gosto de tratar alguém de estúpido a ideia era-me agradável. Eu era um chavalo liceal e se isto não é desculpa para não pensar pela minha cabeça (ou para não chegar a conclusões certas) pelo menos serve de atenuante. Sempre que o ouço e me dou conta da estupidez do meu passado juízo a seu respeito, tenho vontade de me pontapear.
Ângelo Correia disse uma série de verdades sobre o PSD, Aníbal Cavaco Silva, Pedro Santana Lopes, da coligação CDS/PP-PPD/PSD e das recentes posições do Presidente Sampaio. E ainda aproveitou para dar magistralmente a volta aos jornalistas.
A entrevista só pecou por ter sido registada antes do Conselho Nacional do PSD ter dado luz verde a Pedro Santana Lopes para uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Essa recente evolução tirou algum sentido e oportunidade a parte das análises feitas, não lhes tirando brilhantismo.
A entrevista terminou com uma frase demolidora: “Este PSD não é o meu. Hoje em dia não há lealdades fortes no PSD.” Isto vindo de um dos fundadores do partido, um dos seus grandes barões, um dos seus mais ilustres passados e um dos seus mais poderosos presentes é grave.
Cada vez que ouço este homem eu fico irritado comigo mesmo. Porque durante a sua passagem pelo Governo da AD me deixei contagiar pela histeria gerada à sua volta pela Comunicação Social. Por diversas e variadas razões Ângelo Correia foi uma hate figure da AD e, por três ou quatro frases infelizes – a “insurreição dos pregos” e o ter acordado lambido por um cão, detêm a primazia – foi ridicularizado pela Imprensa da época. Levado por “clubismos”, pela vontade de alinhar com os outros e pelo gosto de tratar alguém de estúpido a ideia era-me agradável. Eu era um chavalo liceal e se isto não é desculpa para não pensar pela minha cabeça (ou para não chegar a conclusões certas) pelo menos serve de atenuante. Sempre que o ouço e me dou conta da estupidez do meu passado juízo a seu respeito, tenho vontade de me pontapear.