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segunda-feira, janeiro 10, 2005

 

Fim de reino

Os mergulhos de Morais Sarmento em São Tomé e Princípe não deviam ser mais do que fait divers. Todos aqueles que já tiveram a necessidade de viagar em trabalho, aproveitaram de uma maneira ou de outra, a oportunidade para fazer turismo. Seja por utilização do milleage para proveito próprio, seja levando o conjuge numa viagem de trabalho, seja ficando mais um fim de semana no local de destino para, come se dizia no meu tempo de catraio, "laurear a pevide".

Em primeiro lugar é preciso que isto nã fique mais oneroso ao nosso empregador. Ou seja, se leva a esposa então paga a viagem dela, se fica o fim de semana paga as noites suplementares, etc. Em segundo lugar é preciso haver transparecia e clareza na coisa. Eu fiquei muitos fins de semana a fazer turismo nas cidades on o trabalho me levou, mas a minha chefia sabia-o bem e a empresa nunca pagou um centimo a mais.

No caso dos cargos políticos, a estas regras associam-se que outras decorrem da natureza propria das funções desempenhadas - a aparencia de impropriedade é quase tão grave como a dita impropriedade.

Em todas os critérios, Nuno Morais Sarmento falhou:

Por isso, Não estamos perant mais um fait divers mas perante mais uma argolada política.

Ora Morais Sarmento não é completamente estúpido. Ele tem certamente a consciência que algumas coisas são permitidas aos políticos, mais ainda aos lame ducks, mas nada passa desapercebido em campanha. Um dislate destes só se pode explicar pela certeza da não reeleição e consequente impunidade de quem sabe que, independentemente das suas acções não será julgado por elas. Não porque não haja julgamento, mas porque a pena já está traçada, em função dos muitos e muito graves crimes anteriores.


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