sábado, fevereiro 05, 2005
Há pois!
Sua Eminência Reverendíssima, o Senhor Cardeal Patriarca, D. José da Cruz Policarpo veio a terreiro relembrar que existe uma incompatibilidade entre ser um bom católico e ser mação. Vem no Publico desta manhã.
O Sapientíssimo Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano-Maçonaria Portuguesa, o Dr. António Arnault veio dizer que não é bem assim. Está no site do Público.
Ora acontece que o Senhor Cardeal Patriarca não disse que existe uma incompatibilidade do lado da Maçonaria, ele disse que existe uma incompatibilidade do lado da Igreja Católica Apostólica Romana. E disso ele deve perceber mais do que o Dr. António Arnault que é agnóstico confesso enquanto que D. José Policarpo é Cardeal Presbítero da Igreja de Roma.
Além do mais, convém não esquecer que as religiões não são propriamente um espaço de Liberdade individual. Quem está em cima manda e quem está em baixo obedece. E se o Papa de Roma e os seus Cardeais dizem que é incompatível com ser-se um bom católico o ser-se mação, sobre isto ninguém tem o direito de dizer mais nada.
Portanto, quer o Dr. António Arnault queira, quer não queira, o Senhor Cardeal Patriarca tem razão e ele não.
O Sapientíssimo Grão Mestre pode argumentar que o Patriarca está mal informado sobre a Maçonaria. Pode argumentar que as informações apresentadas são falsas e/ou que o raciocínio é deficiente, e que portanto a conclusão final é errada e a condenação lançada sobre a sua Augusta Ordem é injusta. Mas não a deve questionar, como certamente não aceitaria que a Conferência Episcopal questionasse as decisões do seu Conselho da Ordem. Como se dizia na minha infância, cada macaco no seu galho.
Uma nota final sobre este triste incidente que, espero sinceramente, acabe aqui. A esmagadora maioria dos portugueses não faz a mais pálida ideia do que é a Maçonaria ou se tal coisa sequer existe. Mas, pelas razões da História, os poucos que o sabem, associam-na mais à Esquerda que à Direita. Sendo, na minha imodesta opinião um erro, é um erro compreensível e desculpável em Portugal. Aliás, a notícia do Público, não esquece de recordar que o Dr. António Arnault foi um dos fundadores do PS. Por essas razões teria sido melhor que Sua Eminência Reverendíssima tivesse deixado passado o período eleitoral. Mas talvez esta "coincidência" corresponda a um desígnio profundo (ou um profundo desígnio) do nosso púrpurado.
O Sapientíssimo Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano-Maçonaria Portuguesa, o Dr. António Arnault veio dizer que não é bem assim. Está no site do Público.
Ora acontece que o Senhor Cardeal Patriarca não disse que existe uma incompatibilidade do lado da Maçonaria, ele disse que existe uma incompatibilidade do lado da Igreja Católica Apostólica Romana. E disso ele deve perceber mais do que o Dr. António Arnault que é agnóstico confesso enquanto que D. José Policarpo é Cardeal Presbítero da Igreja de Roma.
Além do mais, convém não esquecer que as religiões não são propriamente um espaço de Liberdade individual. Quem está em cima manda e quem está em baixo obedece. E se o Papa de Roma e os seus Cardeais dizem que é incompatível com ser-se um bom católico o ser-se mação, sobre isto ninguém tem o direito de dizer mais nada.
Portanto, quer o Dr. António Arnault queira, quer não queira, o Senhor Cardeal Patriarca tem razão e ele não.
O Sapientíssimo Grão Mestre pode argumentar que o Patriarca está mal informado sobre a Maçonaria. Pode argumentar que as informações apresentadas são falsas e/ou que o raciocínio é deficiente, e que portanto a conclusão final é errada e a condenação lançada sobre a sua Augusta Ordem é injusta. Mas não a deve questionar, como certamente não aceitaria que a Conferência Episcopal questionasse as decisões do seu Conselho da Ordem. Como se dizia na minha infância, cada macaco no seu galho.
Uma nota final sobre este triste incidente que, espero sinceramente, acabe aqui. A esmagadora maioria dos portugueses não faz a mais pálida ideia do que é a Maçonaria ou se tal coisa sequer existe. Mas, pelas razões da História, os poucos que o sabem, associam-na mais à Esquerda que à Direita. Sendo, na minha imodesta opinião um erro, é um erro compreensível e desculpável em Portugal. Aliás, a notícia do Público, não esquece de recordar que o Dr. António Arnault foi um dos fundadores do PS. Por essas razões teria sido melhor que Sua Eminência Reverendíssima tivesse deixado passado o período eleitoral. Mas talvez esta "coincidência" corresponda a um desígnio profundo (ou um profundo desígnio) do nosso púrpurado.