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quarta-feira, março 16, 2005

 

As guerras da Direita 2

No Diário de Notícias de hoje (15 de Março de 2005) Miguel Freitas da Costa escreve um artigo onde defende que não existe Esquerda e Direita.

Ou, mais precisamente, que tal são conceitos de Esquerda. Portanto, segundo o Senhor, a Esquerda acha que há Esquerda e Direita mas a Direita não. Eu sendo de Esquerda acho que existe Esquerda e Direita. Com esta minha opinião, e do ponto de vista dele, limito-me a confirmar a confirmar a tese do Senhor.

Eu continuo sem perceber porque é que a Direita tem tanto problema em assumir-se. Será que não se sentem confortáveis ou seguros com as suas opiniões? Assim que o barco treme, é a debandada geral. Depois da maior derrota desde o 25 de Abril toda a gente deserta o campo politico da Direita, o CDS/PP ainda não tem candidato sério, os dois candidatos do PSD reclamam o centro quando não o centro-esquerda e os tenores da Direita continuam a culpar os militares de Abril e falam de uma mítica refundação como se tratasse de uma obra alquimica. Se refundirem latão não vão encontrar ouro, apenas o cobre e o zinco iniciais.

Aproveito para clarificar algo que o Senhor disse, que os conceitos de Esquerda e Direita foram inventados na Revolução Francesa. É verdade mas não foi uma classificação abstracta ou artificial criada só para chatear. A a razão é bem mais simples e historicamente conhecida: a noções de esquerda e direita politicas estão ligada à Assembleia Nacional francesa onde os deputados partidários do veto real se agrupavam à direita do presidente e os opositores à esquerda (informação confirmável por exemplo na Wikipédia). Ou seja, os partidários das politícas mais conservadoras (se pretendermos mais Ancien Régime) tomavam o seu lugar fisicamente à direita dos mais progressistas (se quizermos mais proximos da República) que se sentavam à esquerda. Muito provavelmente foi um acaso da sorte que tenham começado a sentar-se assim. Fazer toda uma teoria sobre o assunto é, na minha imodesta opinião e sem querer ofender ninguém, ridículo.

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