sexta-feira, março 11, 2005
O calendário eleitoral próximo
A nova maioria estima que os referendos (do aborto e do Tratado Constitucional) não devem ser agendados antes de 2006. Os dirigentes socialistas estão preocupados em manter a dinâmica de vitoria que lhes vem das europeias e que concretizou na primeira maioria absoluta do Partido.
Manter essa vantagem vai ser difícil nas autárquicas onde o peso das personalidades dos candidatos amortece (positiva e negativamente) o impacto das vagas de fundo nacionais. Adicionalmente, o PS tem, nestas autárquicas, o problema de encontrar nomes para Lisboa e Porto. O caso do Porto não sigo com atenção e, inversamente, Lisboa sigo com o coração nas mãos. É a minha cidade e o meu Partido e, logo, estou duplamente preocupado com a escolha do nome que o Secretariado Nacional vai “impor” à Concelhia e à FAUL.
Mais complicado ainda é o panorama presidencial. A 9 meses das eleições ainda não se sabe que representará a Direita e a Esquerda. Tal como em Lisboa há uma plêiade de candidatos a candidatos, possíveis prováveis e outros “fantasmas”. Nomes confirmados poucos.
Com estes dois berbicachos pela frente é compreensível que o PS esteja a “atirar mais para a frente” os referendos que, apesar de serem dois “Sim” razoavelmente consensuais não provocam a unanimidade dentro do Partido e, muito menos, fora. No caso do aborto o PS já foi batido uma vez e, seguramente, não deseja assistir a uma repetição. Mas, a tal acontecer, que seja depois de passadas as outras datas eleitorais.
Sentindo a fraqueza do partido maioritário, a oposição já começou a pedir urgência no agendamento dos dois referendos. À Esquerda o BE pede a marcação ASAP do referendo sobre a descriminalização da IVG, seguindo fiel aos seus compromissos eleitorais e obedecendo aos seus imperativos de consciência.
À Direita o PSD aposta em fazer o PS parecer incumpridor e reclama o referendo do Tratado Constitucional como uma promessa feita ao eleitorado.
Confesso que estou pouco motivado para a discussão do aborto, onde considero inevitável um desfecho que me desagrada. No caso do Tratado estou profundamente dividido – eu queria desesperadamente votar “Sim” mas ainda não encontrei boas razões. Até ao fim do Verão lerei religiosamente as centenas de paginas (anexos incluídos) e outras tantas de “prós-“ e “contras-“.
Espero, mas não acredito, que se gere um verdadeiro debate sobre a Europa. No entanto temo que, com o adiamento da data, se gere um clima de “facto consumado”. Já todos os outros votaram e nós só temos que dizer que Sim. O que seria mais uma oportunidade perdida para discutir, informar e educar.
Manter essa vantagem vai ser difícil nas autárquicas onde o peso das personalidades dos candidatos amortece (positiva e negativamente) o impacto das vagas de fundo nacionais. Adicionalmente, o PS tem, nestas autárquicas, o problema de encontrar nomes para Lisboa e Porto. O caso do Porto não sigo com atenção e, inversamente, Lisboa sigo com o coração nas mãos. É a minha cidade e o meu Partido e, logo, estou duplamente preocupado com a escolha do nome que o Secretariado Nacional vai “impor” à Concelhia e à FAUL.
Mais complicado ainda é o panorama presidencial. A 9 meses das eleições ainda não se sabe que representará a Direita e a Esquerda. Tal como em Lisboa há uma plêiade de candidatos a candidatos, possíveis prováveis e outros “fantasmas”. Nomes confirmados poucos.
Com estes dois berbicachos pela frente é compreensível que o PS esteja a “atirar mais para a frente” os referendos que, apesar de serem dois “Sim” razoavelmente consensuais não provocam a unanimidade dentro do Partido e, muito menos, fora. No caso do aborto o PS já foi batido uma vez e, seguramente, não deseja assistir a uma repetição. Mas, a tal acontecer, que seja depois de passadas as outras datas eleitorais.
Sentindo a fraqueza do partido maioritário, a oposição já começou a pedir urgência no agendamento dos dois referendos. À Esquerda o BE pede a marcação ASAP do referendo sobre a descriminalização da IVG, seguindo fiel aos seus compromissos eleitorais e obedecendo aos seus imperativos de consciência.
À Direita o PSD aposta em fazer o PS parecer incumpridor e reclama o referendo do Tratado Constitucional como uma promessa feita ao eleitorado.
Confesso que estou pouco motivado para a discussão do aborto, onde considero inevitável um desfecho que me desagrada. No caso do Tratado estou profundamente dividido – eu queria desesperadamente votar “Sim” mas ainda não encontrei boas razões. Até ao fim do Verão lerei religiosamente as centenas de paginas (anexos incluídos) e outras tantas de “prós-“ e “contras-“.
Espero, mas não acredito, que se gere um verdadeiro debate sobre a Europa. No entanto temo que, com o adiamento da data, se gere um clima de “facto consumado”. Já todos os outros votaram e nós só temos que dizer que Sim. O que seria mais uma oportunidade perdida para discutir, informar e educar.