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sexta-feira, março 04, 2005

 

Os 30 dinheiros de Diogo Freitas de Amaral

A mulher de César deve ser séria e deve parecer séria. Principalmente em política as aparências valem muito. É por isso que a nomeação de Diogo Freitas do Amaral para as Necessidades é um mau exemplo.

Diogo Freitas do Amaral é um homem notável. Diz quem foi seu aluno que é um excelente professor. Teve a coragem (politica e por vezes física) de fundar o CDS em 74 e de votar contra a Constituição em 76. Quando o Partido que fundou se afastou do caminho da democracia cristã que ele tinha desejado e se alinhou demasiado à Direita, afastando-se do centro, ele afastou-se do CDS.

O seu percurso inclui vários momentos altos, como por exemplo a sua falhada campanha presidencial, e momentos menos felizes, como os dias de férias parlamentares em que formalmente (re)ocupava o seu lugar, para justificar a reforma.

É um politico com créditos reconhecidos no âmbito das relações internacionais que culminou com a Presidência da Assembleia Geral da ONU. Por todas estas razões a sua nomeação para MNE devia ser inatacável.

No entanto, a leitura que este cargo paga a entrevista à Visão é inevitável. Redutora sem duvida, injusta provavelmente, mas inevitável. E em politica, o que parece, muitas vezes é. E portanto devia ter sido evitado. Não faltará quem diga que a melhor maneira de chegar ao Governo não são 10 anos de trabalho partidário mas 10 minutos de entrevista à comunicação social.
Finalmente é importante fazer uma pergunta: Afinal não havia mais ninguém? O PS tem muitos e excelentes quadros, porque é que Sócrates não escolheu um deles para tão importante cargo?
Passo por cima das inaceitáveis frases de Diogo Freitas do Amaral a propósito dos USA e da intervenção norteamericana no Médio Oriente. Outros disseram iguais asneiras, e muitos deles com cartão. São para esquecer.

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