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quarta-feira, junho 01, 2005

 

E agora camaradas?

Eu admito não seguir com atenção a política dos Países Baixos. Não é um País do qual me sinta proxima, é uma cultura que mal conheço e uma língua que não percebo. Para acrescento, nunca simpatizei muito com os neerlandeses que conheci. Por tudo isto, a política dos subditos na Casa de Orange-Nassau é-me bastante desconhecida e não sou capaz de elaborar sobre o Nee de hoje.

Caso assaz diferente é o Hexágono. É um País que conheço ainda que apenas supercialmente, uma cultura que aprecio e admiro e uma política que sempre me interessou. É por isso que não posso deixar de acusar de desonestidade intelectual, ignorância ou idiocia aqueles que insistem em ler no Non de Domingo uma rejeição da ideia europeia. É obvia que ela existe e que os soberanistas de de Villiers e os lepenistas podem estar orgulhosos do referendo.

Mas há outras razões do Non, nomeadamente o Non de gauche. E esse é o que me interessa. Ou melhor, os seus defensores é que me interessam. Para lhes perguntar: E agora camaradas?

E agora o que é que se segue? Não falo das manobras de Hollande, DSK e outros para impedir Fabius de capitalizar o recente sucesso. E, apesar de ser tido por fabiusiano, não preocupado a pensar como o mais jovem 1º Ministro da Vª pode utilizar este Maio para se catapultar para o Eliseu em 2007. Também não falo da mudança de Raffarin pour de Villepin.

O que é quero saber é o que se segue para o sonho europeu visto da Esquerda? Qual é o Vosso plano, agora que conseguiram o Vosso objectivo imediato? Que nós façamos uma União sem la République? Que se convoque uma nova Convenção? Que se desista dos Estados Unidos da Europa?

O que vai pela cabeça da Direita Francesa, neste momento, interessa-me pouco. Para dizer a verdade, nos outros momentos interessa-me cada vez menos, mas isto são outras historias. O que me interessa é saber o que pensa a Esquerda que votou contra.

Dizia-me ontem um camarada françês que esta recusa não é um fim mas um principio. O principio da construção de uma Europa que Social, Laica, Democrática e Republicana como todos (eu o primeiro) desejamos. Mas, além des bons mots existe um plano real? Nem que seja convocar Congresso (re)fundador como Epinay, correr com Hollande e os outros que advogaram o actual Tratado e (re)definr a Esquerda Francesa. Mas alguém que me diga o que raios estava na Vossa cabeça quando meteram a cruzinha pelo Non de gauche. Porque eu não vislumbro a resposta.

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