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terça-feira, janeiro 20, 2009

 

A fim de semana, em abreviado

No passado fim de semana começou a campanha eleitoral de 2009, que incluí 3 idas às urnas: europeias, legislativas e autárquicas.

A campanha começou com 3 acções muito importantes: o Congresso Regional do PSD Açores que contou com a presença de Manuela Ferreira Leite, o XXIIIº Congresso do CDS/PP e a apresentação da moção politica que José Sócrates apresenta com a sua recandidatura ao cargo de Secretário Geral do Partido Socialista.

Do Congresso do PSD Açores pouco há a dizer data a completa e total irrelevância política deste partido quer na região que na cena política nacional. Irrelevância que, ao contrário do que se diz, não tem como única responsável a Dr.ª Manuela Leite. É verdade que a quase total ausência da senhora das questões politicas de actualidade só é ultrapassada pela sua capacidade para a gaffe, para não dizer a asneira. A suspensão da democracia por 6 meses é, à data, o melhor exemplo. Mas, a ajudar a Presidente a fazer má figura (e ela não precisa de ajuda) a completa falta de apoio que os barões do PSD mostram é igualmente demolidora. Até mesmo porque, mais do que qualquer outro partido político nacional, o PSD é um partido de barões.

O Congresso do CDS foi um passeio no parque para Portas. O partido, digamos a verdade, não existe. Ao contrário do PSD, nem sequer tem barões. Há uma meia dúzia de medíocres que só fazem figura de ser alguém porque não existe um partido decente de direita. Se calhar porque a direita portuguesa é igualmente inexistente. Existe em Portugal uma base sociológica conservadora que não é ideologicamente muito definida. E essa gente está no PSD. Por isso o CDS praticamente não existe e, logo, o seu líder não tem uma real oposição. O Congresso do CDS não trouxe nada de interessante, a miserável oposição interna não teve sequer direito a um tempo de antena decente uma vez que os repórteres televisivos preferiram deixar campo livre a Portas e ao anúncio que este apoiava a inenarrável Dr. Lopes para a CML. Se dúvidas sobrassem sobre o facto que Pedro Santana Lopes e Paulo Portas são os preferidos da comunicação social, a cobertura televisiva de dia 18 de Janeiro, esclarecia-as.

Quanto à moção de Sócrates, o discurso foi, inegavelmente, um discurso de Esquerda. As políticas apresentadas desde a redução da carga fiscal para a classe média sem afectar os altos rendimentos, até ao cumprimento de um imperativo constitucional da regionalização são inteligentes e apropriadas. A fundamentada crítica ao fundamentalismo capitalista que originou a actual crise foi inteligente e atempada. Infelizmente, como parte do ataque cerrado que os jornalistas fazem ao Primeiro Ministro e ao PS, a única coisa a que foi dado relevo foi ao casamento dos homossexuais. E isto porque os media sabem que o assunto não é pacífico e pode prejudicar o Primeiro Ministro. Não há limites para a pulhice dos jornalistas.

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