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terça-feira, fevereiro 01, 2005

 

The name of the game

As eleições do próximo dia 20 de Janeiro são para a Assembleia da República. Por uma deturpação da prática politica de que já falei são também para Primeiro Ministro. Já aqui afirmei por várias vezes o meu desagrado pela tom baixo da campanha que a Direita está a fazer e a minha intenção de votar PS e Sócrates.

Sócrates e o PS apresentaram soluções mais credíveis que o programa do PSD e, acima de tudo, que a prática recente do PSD. Santana Lopes foi largado primeiro pelos notáveis do seu Partido, depois pelo Presidente que o susteve em Junho, seguidamente pelo parceiro de coligação e, a acreditar que as sondagens não são todas uma fraude, pelos eleitores. Só lhe falta o aparelho.

Foi este mesmo aparelho que promoveu uma festa em Braga subordinada ao tema “há uma data de senhoras do PSD que gostavam de dar uma queca com o seu líder”. Estou a ser vulgar e indecente e estou a fazer acusações rasteiras e despropositadas. Peço desculpas às visadas e, realmente, não pretendo ofender ninguém. O meu tom baixo é para tentar nivelar com frases como Ele ainda é do tempo em que os homens escolhiam as mulheres para suas companheiras”, e outras que foram ditas no referido encontro.

Todo o tom desse encontro se resume a explicar que se deve votar no PSD porque Santana Lopes é um gajo mais porreiro que Sócrates.

Acontece que as eleições não são para my next best friend. É que se fossem, eu seguramente votava em Pedro Santana Lopes. O gajo parece ter mais sentido de humor que José Sócrates, é Alfacinha, gosta e sair à noite, tem resposta fácil e parece um tipo simpático. O candidato socialista é do interior, nunca o ouvi dizer uma frase humorística e é um tipo mais recolhido. Sócrates, se calhar porque está a trabalhar na sua “pose de Estado”, parece-me ser mais full of himself que Santana e, para convencido, chego eu. Santana tem um batalhão de “santanettes” que são muito giras e, se calhar, ainda me calhavam sobras de qualidade. Tudo bem, em matéria de gajas eu não sou esquisito e já comi pior, a pagar e não me causou indigestão.

Mas as eleições são para cargos políticos. Onde é preciso seriedade, competência, visão e princípios. Onde não basta ser um gajo porreiro. Não estamos a discutir quem é que eu vou levar para beber um copo comigo na Kapital, estamos a discutir quem é que eu vou levar a São Bento para governar a República. É uma questão substancialmente diferente e tem uma resposta radicalmente diversa. De notar que isto é teórico, Santana não se dá com pés rapados como eu e eu não frequento a Kapital. Mas a ideia está aí.

E, já agora, à Esquerda também se sabe ser “pé no chinelo”, também se sabe arriar a giga e dizer palavrões. A malta evita mas façam o favor de não abusar.


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