sexta-feira, março 04, 2005
O Governo, observações a quente
Logo no início da campanha eu expressei a minha desconfiança e o meu desapreço pelos independentes e, mais recentemente, o meu apoio a algumas nomeações de caracter político. Não espantará que não aprove que no Governo metade dos ministros não tem cartão.
A abertura à sociedade civil por parte dos Partidos é desajável. Mas tanto não. Até mesmo porque um Governo é um orgão politíco e não uma comissão tecnocrática.
Não quero dizer que basta 15 anos de trabalho partidário para chegar a Ministro. É evidente que os ministros devem ser competentes (politicamente competentes) nas àreas para as quais são nomeados. Mas devem ser escolhidos de entre o universo dos competentes de confiança política e não de entre os competentes tout court. Ou afinal de contas não há competentes com cartão? Toda a gente que é filiada é burra?
Dizendo isto devo acrescentar que, a priori, o Governo me parece bom. É reduzido, o que potencia coerencia e eficácia e pressagia bom senso e economia de meias. Está recheado de caras novas o que pode ser sinal de uma desejada renovação dos quadros e dos dirigentes da Esquerda. Está razoavelmente impoluto da dita tralha guterrista. Os nomeados chegam aureolados pela competencia.
A abertura à sociedade civil por parte dos Partidos é desajável. Mas tanto não. Até mesmo porque um Governo é um orgão politíco e não uma comissão tecnocrática.
Não quero dizer que basta 15 anos de trabalho partidário para chegar a Ministro. É evidente que os ministros devem ser competentes (politicamente competentes) nas àreas para as quais são nomeados. Mas devem ser escolhidos de entre o universo dos competentes de confiança política e não de entre os competentes tout court. Ou afinal de contas não há competentes com cartão? Toda a gente que é filiada é burra?
Dizendo isto devo acrescentar que, a priori, o Governo me parece bom. É reduzido, o que potencia coerencia e eficácia e pressagia bom senso e economia de meias. Está recheado de caras novas o que pode ser sinal de uma desejada renovação dos quadros e dos dirigentes da Esquerda. Está razoavelmente impoluto da dita tralha guterrista. Os nomeados chegam aureolados pela competencia.
Ha poucos ministros muito politicos. Mas os que há são bons - António Costa muito justamente à cabeça. Ás primeiras impressões é um Governo demasiado tecnocrático para o meu gosto. Vamos esperar pelos Secretários de Estado. Mas se assim for, talvez não seja mau. Sou eu que tenho uma visão demasiada politicizada da coisa publica.